terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Engenhão e a Gestão de Multidão



Até o fechamento do Maracanã para sua adequação às exigências da FIFA o Engenhão não havia sido testado com grandes públicos de jogos de futebol. Mas na reta final do campeonato brasileiro de 2010 tivemos jogos onde praticamente tivemos a lotação máxima do estádio.

Como era esperado o design do estádio atende plenamente os quesitos relativos ao conforto e segurança dos torcedores.

A mesma avaliação não pode ser feita com relação ao entorno do estádio. A circulação de pessoas no entorno do Engenhão é difícil devido a ruas e acessos estreitos e à divisão do espaço destas ruas entre torcedores e veículos.

Agravando a dificuldade de circulação temos a precária sinalização na periferia do estádio. Esta falta de sinalização é agravada pelo desconhecimento dos torcedores deste local. Uma boa sinalização é fator de segurança e auxilia na otimização da circulação do público. Pessoas indo e vindo em busca da correta rota criam fluxos conflitantes e desnecessários que prejudicam a fluidez da multidão.

Complementando esta rápida avaliação observamos que o número de assistentes de público é muito baixo. Identificamos que filas foram formadas, aparentemente de forma espontânea, sem que houvesse necessidade. A capacidade de atendimento oferecido pela quantidade de roletas é elevada, mas ainda assim filas foram formadas devido à falta de orientação por parte de assistentes de público. Também no interior do estádio é pequeno o número de assistentes de público. Em condições normais estes assistentes contribuem com o conforto dos usuários. Em situações de emergência eles são essenciais para promover a segurança do público.

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