No dia dois de dezembro houve tumulto na venda dos últimos ingressos para o jogo Flamengo X Grêmio.
No dia seis de dezembro houve tumulto e pancadaria no fim do jogo Coritiba X Fluminense.
Alem do tumulto o que há de comum nestes dois eventos é a sua previsibilidade.
A Polícia Militar solicitou que a venda dos ingressos fosse antecipada em um dia, caso contrario haveria o encontro da multidão indo assistir o jogo Fluminense X LDU com a multidão aguardando o início da venda dos ingressos. Ponto para a PM que previu um problema e tratou de eliminá-lo. Mas isto não foi o suficiente. O tumulto tinha hora marcada, estava previsto e se concretizou.
Em Curitiba o tumulto era possível. Não tão certo quanto ao tumulto da venda de ingressos, mas possível caso o Coritiba fosse rebaixado. No Rio de Janeiro, onde a probabilidade de ocorrência de um tumulto era de 100%, não houve uma ação preventiva efetiva. Em Curitiba a falta de prevenção quase implicou num desastre com vítimas fatais (até o momento não há vítimas fatais...). Jogadores, árbitros, policiais e torcedores ficaram expostos a selvagerias para as quais a organização do jogo não se preparou. Inadimissível.
As boas práticas indicam que deve ser feito a gestão da multidão para que não se perca o controle dela. A ação de controle da multidão é uma prática necessária, mas que significa que a gestão não foi eficaz e que a multidão está fora de controle.
Em ambos os eventos, esperou-se o início do tumulto para o início da reação e retomada de controle da multidão. Isto caracteriza imperícia, imprudência e negligência por parte dos promotores. Ou seja, isto é um crime!!!
Será que será necessário haver mortes para que tenhamos maior competência na gestão de grandes eventos e grandes públicos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário