quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Necessidade de Plano de Continuidade e Contingência


No dia 19 de dezembro tivemos um incidente que ilustra de maneira clara a importância da existência de um Plano de Contingência previamente planejado.
É evidente que um cruzeiro que envolve 3000 passageiros é um processo cuja segurança é o ponto principal a ser observado. Mas como garantir a segurança dos passageiros num navio sem ar-condicionado? Embarcados eles não teriam condições de serem acomodados nos camarotes posto que sem ar-condicionado estes quartos ficam inabitáveis. Em terra estes passageiros precisariam ser acomodados em hotéis ou serem rapidamente transportados de volta às suas cidades de residência. Ambas as alternativas são de difícil adoção com a rapidez necessária, em especial na semana do Natal.
Conclusão: Sem um Plano de Contingência planejado previamente este incidente é de dificílima solução. E neste caso, pelas notícias divulgadas, não havia um Plano de Contingência adequado.


Nota da MSC:
A MSC Cruzeiros informa que por problemas técnicos no sistema central de ar condicionado, a companhia decidiu cancelar o cruzeiro do MSC Musica com saída prevista para ontem (19/12) do Rio de Janeiro. A empresa lamenta o cancelamento e reitera que esta foi a decisão mais prudente baseada nos critérios máximos de qualidade e conforto que preza. A empresa oferecerá reembolso de 100% para todos os hóspedes, além de 50% de desconto para uma próxima viagem e acomodação de uma noite aos hóspedes que necessitarem. A companhia afirma que oferecerá toda a assistência necessária para minimizar os contratempos ocorridos.

Colapso de Central Bahiana


O incêndio que causou as interrupções nos serviços de telefonia móvel e fixa e também internet oferecido pela OI em seis estados do país precisa ser analisado por todos os profissionais interessados em segurança e continuidade de negócios.
Para aqueles que foram impactados por este desastre a análise a ser feita tem como base a pergunta: O que poderíamos ter feito de melhor para reduzir o impacto deste incêndio? Neste caso, neste momento não importa se havia ou não um Plano de Continuidade formalmente estabelecido. Como diz o samba, após a ocorrência do desastre uma organização tem que se levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. As empresas detentoras de um Plano de Continuidade com certeza terão melhores condições de darem a “volta por cima” mais rapidamente.
Para aqueles que não foram impactados o questionamento deve ter como foco a capacidade de resposta existente em sua organização para responder a um desastre deste tipo. Neste caso é relativamente confortável aprender algo de um evento que não causou danos mas que pode ser muito instrutivo para o aperfeiçoamento Gestão de Continuidade de Negócios.
Espero que as organizações impactadas tenham uma rápida recuperação e que a continuidade de seus negócios não tenha sido comprometida.
Boas Festas e um grande abraço a todos !!!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Engenhão e a Gestão de Multidão



Até o fechamento do Maracanã para sua adequação às exigências da FIFA o Engenhão não havia sido testado com grandes públicos de jogos de futebol. Mas na reta final do campeonato brasileiro de 2010 tivemos jogos onde praticamente tivemos a lotação máxima do estádio.

Como era esperado o design do estádio atende plenamente os quesitos relativos ao conforto e segurança dos torcedores.

A mesma avaliação não pode ser feita com relação ao entorno do estádio. A circulação de pessoas no entorno do Engenhão é difícil devido a ruas e acessos estreitos e à divisão do espaço destas ruas entre torcedores e veículos.

Agravando a dificuldade de circulação temos a precária sinalização na periferia do estádio. Esta falta de sinalização é agravada pelo desconhecimento dos torcedores deste local. Uma boa sinalização é fator de segurança e auxilia na otimização da circulação do público. Pessoas indo e vindo em busca da correta rota criam fluxos conflitantes e desnecessários que prejudicam a fluidez da multidão.

Complementando esta rápida avaliação observamos que o número de assistentes de público é muito baixo. Identificamos que filas foram formadas, aparentemente de forma espontânea, sem que houvesse necessidade. A capacidade de atendimento oferecido pela quantidade de roletas é elevada, mas ainda assim filas foram formadas devido à falta de orientação por parte de assistentes de público. Também no interior do estádio é pequeno o número de assistentes de público. Em condições normais estes assistentes contribuem com o conforto dos usuários. Em situações de emergência eles são essenciais para promover a segurança do público.