Recentemente analisei uma solicitação de proposta para estruturação da Gestão da Continuidade de Negócios de uma empresa de médio - grande porte.
De imediato uma palavra me despertou atenção: Gestão. Aquela era uma solicitação para implantação de um processo de Gestão através de um projeto executado por uma consultoria. Ela não queria o desenvolvimento e detalhamento do Plano de Continuidade, ela queria o processo de Gestão...
E minha atenção continuou atiçada à medida que a solicitação era detalhada. A questão era o quanto ela era detalhada sem que isto significasse coerência na sua concepção.
Ao fim de minha análise e após uma rápida pesquisa concluí que a fonte do problema foi a utilização da Norma BS 25999 como base da estrutura do projeto detalhado na solicitação.
A norma BS 25999 é uma excelente referência para um processo de Gestão de Continuidade de Negócios, mas ela não é um roteiro nem apresenta um guia para sua implantação.
Um processo de gestão compreende mecanismos de planejamento, programação, controle, auditoria, treinamento, conscientização, etc. Este conjunto não deve ser objeto de um único projeto pois cada um possui o seu tempo. Um projeto pressupõe atividades com início e fim determinados. Um processo de gestão é contínuo.
Utilizar a norma como referência para a estruturação de um projeto é válido e útil.
Utilizá-la como um roteiro de projeto é um equívoco.
Um comentário:
Parabéns pela iniciativa. Desejo sucesso!
Marcos Semola
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