Os setores de aviação e exploração de petróleo apresentam processos de operação maduros, estruturados e repetitivos, e neste caso a
gestão de risco tem como meta o aperfeiçoamento destes processos operacionais
de forma a garantir a segurança dos mesmos através da incorporação de medidas
preventivas e corretivas de desvios operacionais que possam ser caracterizados
como sendo de risco.
Neste setores as incertezas existem, mas as atividades
possuem um padrão operacional devido a sua repetição dia-a-dia garantindo que
os processos operacionais tenham um nível de maturidade elevado.
Esta repetitividade é menos frequente nos processos
operacionais da segurança pública devido às características intrínsecas desta
atividade. As demandas não padronizadas. Ainda assim, no processo de
planejamento operacional é viável que se busque um maior grau de padronização. Esta
singularidade das atividades da segurança pública traz inserida neste
ineditismo um elevado grau de incerteza que não pode ser reduzido pela
padronização de processos. Neste caso o caminho para se reduzir as incertezas
inerentes às operações é a realização de análise de riscos, caso a caso,
associada a uma maior padronização do processo de planejamento.
Um processo padronizado permite que ele seja depurado e
aperfeiçoado pela repetição. A análise de risco inserida no processo de
planejamento se faz necessária, e por ele ser repetitivo ela deve estar
incorporada nas atividades ordinárias do planejamento. Assim o tratamento de
risco na fase de planejamento deve estar presente não como uma processo
independente e sim através da execução de atividades padrão inseridas na fase
de planejamento que irão garantir a redução das incertezas e consequentemente
irão garantir a redução do risco.
Para as operações que após seu planejamento de acordo com o
processo padrão ainda apresentem um elevado grau de incerteza, deverá ser realizado um trabalho específico de
tratamento de risco. E neste caso as operações singulares, não repetitivas,
tendem a ser aquelas com maior incerteza.
Ainda que a que os operações de segurança pública apresentem
um elevado grau de singularidade deve ser perseguido a padronização dos mesmos
o que é feita pela estruturação de protocolos de ação. Todo protocolo deve ter
a gestão de risco incorporado nas sua execução e desta forma o tratamento de
riscos será resultado da operacionalização de um processo maduro onde a
consideração de prevenção e de reação a desvios seja uma prática usual e natural.
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