Diário de bordo: Dia 06/06/2015
Neste dia fui a mesma festa de aniversário de uma criança de
um ano de idade.
Família e amigos reunidos numa casa de festas, na Barra da
Tijuca, lugar nobre do Rio de Janeiro. Esta casa de festas deve estar cotada
entre as mais caras e possui uma bela decoração. Nas paredes temos várias
portas pintadas imitando portas de história de contos de fadas. Mas elas não
são portas...parecem portas. As portas verdadeiras estão disfarçadas. Olho
envolta e não veja qual o escape possível caso seja necessário uma evacuação.
Procuro e olho bem. Continuo sem achar. Vejo uma única sinalização apontando
para um local onde não há uma porta real, apenas as portas de brincadeira.
Circulo pelo ambiente e acho uma porta, ampla, com barra antipânico, mas
visível apenas de alguns pontos do salão. E não estou me referindo a nichos do salão.
Onde eu estava inicialmente era um local central, de um dos ambientes, e deste
ponto nada era visível. A porta de escape também não era visível de outros
pontos. Não me senti confortável e seguro e temo por outros que venham
frequentar este local.
Um dado a mais para se preocupar, o local foi feito para que
as crianças brincassem em túneis e passagens fechadas, pouco visíveis. A possibilidade de uma criança, numa
emergência, ficar perdida, esquecida, encurralada, ou coisa parecida, é grande.
Não basta ter alvará, é preciso ser previdente.
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