No dia 07 de novembro de 2011 a Prefeitura do Rio de Janeiro fez um execício simulado de resposta a um alagamento na região da Praça da Bandeira. A divulgação dada a este treinamento foi importante para demonstrar para a população de que existe um planejamento para a resposta a emergências na cidade. Outro fato importante é que com um exercício deste tipo é possível avaliar a capacitação das equipes e identificar pontos fracos a serem sanados.
E é este ponto que queremos destacar. Um exercício simulado não deve ser realizado com o intuito de demonstrar que o planejamento da resposta está correto. Ele deve ser feito para identificar pontos que mereçam ser aperfeiçoado. Desconfie de um teste onde tudo correu conforme planejado.
Uma outra questão de suma importância é: a simulação é da RESPOSTA ao desastre. Isto nunca pode ser confundido com a simulação de um desastre. A simulação de um desastre pode gerar efetivamente um desastre.
A Prefeitura, corretamente, não promoveu o alagamento da Praça da Bandeira para fazer sua simulação. Da mesma forma, não se deve interromper um processo crítico para simular uma resposta à sua paralisação.
Já tivemos conhecimento de exercícios simulados de evacuação onde chumaços de algodão queimado eram espalhados pelo ambiente para criar um clima mais próximo da realidade. Definitivamente descartamos tal procedimento pois o mesmo pode gerar um clima tão verdadeiro que pode levar ao pânico, e neste caso, estará criado o desastre.
Da mesma forma não dê ouvidos a histórias onde dizem que um teste de um plano de continuidade deve ser feito de surpresa, com o Diretor tirando o computador da tomada!!!!
Fique atento. Ao testar um plano de contingência, teste o plano, mas não simule um desastre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário