Nos últimos dias deste mês de novembro de 2011 estamos sendo assombrados com o vazamento de petróleo na Bacia de Campos. No CERNE não dispomos de informação suficiente para fazer uma avaliação detalhada deste incidente. Mas podemos garantir que está ocorrendo um desastre cujos desdobramentos são inúmeros.
Dentre estes desdobramentos identificamos a possibilidade do óleo chegar às praias brasileiras. Mas, pelas informações divulgadas pela imprensa é pequena a probabilidade desta ocorrência.
Este é o ponto que queríamos abordar. Um evento cuja ocorrência é pouco provável com um impacto catastrófico. Este é extamente o tipo de evento para o qual devemos estruturar Planos de Resposta a Desastre - PRD. E alem disto a probabilidade de ocorrência deste evento deve ser reduzida através da adoção de um processo robusto com controles preventivos instalados que sejam complementados pelo PRD.
O fato da probabilidade ser baixa indica que é um tipo de evento raro. Para estes eventos raros precisamos desenvolver mecanismos de reação. Para os eventos usuais, nossos processos do dia-a-dia estão preparados.
Um gestor precisa ir contra a natureza ao desenvolver a resposta a um evento de baixa probabilidade. Nós não somos naturalmente preparados para responder a agressões imprevistas cuja possibilidade de ocorrência seja baixa. Mesmo quando nos preparamos com o passar do tempo tendemos a afrouxar nossas defesas.
A diferença de uma gestão profissional para uma gestão amadora está na sua capacidade de manter intactos todos os procedimentos preventivos e de resposta a um desastre improvável.
O óleo não deve chegar às prais, diz a probabilidade. Mas devemos estar preparado para esta eventualidade, diz o tamanho do potencial desastre.
Estamos preparados?
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