quarta-feira, 20 de maio de 2009

Pandemia – Recomendações Básicas para as Organizações

A Pandemia é um problema de saúde pública que pode afetar a sobrevivência das Organizações.
Algumas medidas podem ser adotadas por todas as Empresas para torná-las mais aptas a enfrentar o impacto de uma pandemia.

O CERNE - Centro de Estudos de Risco e Segurança de Negócios (http://www.cernebr.com.br/ ) recomenda que as Empresas invistam na sua robustez aperfeiçoando mecanismos e procedimentos do dia-a-dia e tenham alguns planos delineados para o caso de uma emergência.

Os itens a seguir devem ser considerados por todas as Organizações:


  • Invista na sua capacidade de operar com seus empregados instalados em suas residências.

  • Monitore os informes da evolução de crises no ambiente externo e interno.

  • Forme substitutos para seus executivos, gerentes e pessoal chave.

  • Identifique fornecedores críticos e desenvolva fornecedores alternativos.

  • Reforce medidas de higiene e limpeza de suas instalações.

  • Reforce medidas de higiene de seus funcionários. Lavar as mãos é uma importante e simples prevenção.

  • Utilize torneiras que tenham desligamento automático.

  • Utilize sabão líquido.

  • Utilize toalhas de papel.

  • Reduza as viagens e adote solução de teleconferência.

  • Mantenha as informações de contato com seus funcionários e parceiros atualizada.

  • Mantenha seus funcionários informados.

  • Tenha uma estratégia de ação caso um ou mais de seus funcionários (parceiros ou clientes, dependendo de cada tipo de negócio) seja infectado. Esta estratégia é função de cada tipo de negócio. Consideramos que empresas que usem mão de obra intensiva e que lidem com grande número de pessoas devem estar particularmente atentas devido a uma maior exposição à gripe influenza.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Gestão de Negócios e a Pandemia

O que os gestores de uma organização podem e devem fazer com relação a uma pandemia que está em andamento?
O que os acionistas, funcionários e clientes esperam dos administradores neste momento?
Estas duas perguntas singelas valem ouro nestes dias que estamos vivendo e elas precisam ser respondidas, pois estes questionamentos irão se apresentar aos administradores nos próximos dias.
A propagação da gripe influenza é inevitável. A OMS, Organização Mundial da Saúde, já emitiu parecer ratificando que as medidas preventivas são ineficazes para barrar a propagação desta pandemia. Temos que assumir que a gripe irá se propagar com uma abrangência e gravidade indeterminável.
No mundo corporativo a questão é como evitar, ou minimizar, as perdas decorrentes do impacto da pandemia. A resposta é através das boas práticas inerentes à gestão da continuidade de negócios.
Para se desenvolver um Plano de Continuidade a identificação do desastre é o ponto de partida. O conceito de “pior cenário possível” neste caso é amplo demais. Se este for o cenário, deveríamos considerar que grande parte da população será infectada e desta forma pouco teremos o que fazer. Este cenário apocalíptico não permite muitas alternativas para o gestor de uma empresa.
A utilização de cenários secundários nos parece uma alternativa pragmática mais interessante. Estes cenários são caracterizados pelas conseqüências da pandemia que podem impactar uma organização. Este tipo de desastre permite a adoção de estratégias de reação ao incidente que estão dentro do escopo de atuação dos gerentes. Dentre os desastres possíveis de se delinear, destacamos quatro desastres / conseqüências:
  • Indisponibilidade de funcionários essenciais
  • Indisponibilidade de parceiro essencial
  • Indisponibilidade de insumo básico
  • Redução significativa de demanda se serviços ou produto
Para cada um desastre factível deve ser concebido um plano de continuidade.
Cabe destacar que um plano de continuidade de negócios (PCN), especificamente desenvolvido para um desastre decorrente de uma pandemia, deverá apresentar dois tópicos merecedores de especial atenção:
  • Controle e monitoração do ambiente interno e externo e
  • Informação e conscientização de funcionários e parceiros (em alguns casos até de usuários e comunidade).
As soluções para cada PCN deverão ser identificadas a partir dos mecanismos usuais de desenvolvimento de um PCN, a começar pela análise de impacto de desastre, seguida da identificação da estratégia e seu detalhamento.
A especificação e detalhamento de cada PCN deverão ser identificados a partir dos mecanismos usuais de desenvolvimento de um PCN, a começar pela análise de impacto de desastre, passando pela identificação da estratégia e sua documentação.
É importante observar que fica a critério de cada organização identificar os possíveis desastres, avaliar o impacto deles e com base neste impacto definir a estratégia mais adequada. Se o impacto é alto ou baixo, e como ele irá ocorrer é uma avaliação que varia de organização para organização. Da mesma forma, caberá a cada organização decidir o que deverá ser investido em função do seu apetite a risco e da sua disponibilidade financeira.
Não é admissível ignorar que uma pandemia está a nossa volta e seguir o modelo avestruz que ilustra nosso artigo. Um posicionamento profissional baseado numa análise de impacto e viabilidade técnica – financeiro é o melhor caminho para a preservação do patrimônio de uma Organização.
Sucesso!!

PS: Juntando o útil ao agradável, para a visualização de um cenário catastrófico, recomendamos a leitura do romance “Ensaio sobre a Cegueira” de José Saramago.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Pane Dupla em BH

Notícial publicado no UOL no dia 05 de maio de 2009: “Uma pane no metrô de Belo Horizonte deixou mais de 300 passageiros presos em um dos trens por cerca de uma hora na noite desta segunda-feira. O problema ocorreu entre as estações Calafate, na região oeste da cidade, e Carlos Prates, na região noroeste.”
Pelo visto ocorreram pelo menos duas panes. A primeira é a pane que fez o carro do metrô parar. A segunda é a pane do plano de resposta a emergências que fez com que a remoção de 300 passageiros demorasse cerca de uma hora.
Uma pane num metrô, numa grande metrópole, não pode ter uma resposta tão demorada. Por sorte nada de grave ocorreu com nenhum passageiro. Sorte, muita sorte...

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Inflenza (ex - Gripe Suina) - Fonte de Informações




Para aqueles que tenham necessidade de informações e orientaçòes detalhadas sobre a gripe suina, recomendamos os sites:








Organização Pan-americana de Saúde
http://new.paho.org/hq/index.php?lang=en

US Pandemic Flu Information
http://www.pandemicflu.gov/


A PS Engenharia de Produção (http://www.contingencia.com.br/) e o CERNE - Centro de Estudos de Risco e Segurança de Negócios (http://www.cernebr.com.br/ ) estão estudando e formatando um modelo básico para a estruturação de Planos de Continuidade de Negócio específicos para resposta à gripe suina.

A Continuidade de Negócios e a Gripe Suína



Fonte: CERNE – Centro de Estudo de Riscos e Segurança de Negócios / BR ( www.cernebr.com.br )



Prevenção, controle, monitoração e planos de contingência são as ferramentas necessárias para um gestor garantir a Continuidade de Negócios de uma Organização num ambiente de pandemia.

Prevenção
Uma pandemia pode atingir uma organização através do colapso de sua capacidade de trabalho, do colapso de um ou mais fornecedores ou através de um forte impacto sobre sua demanda. Para reduzir a conseqüência de tais impactos uma Organização deve ter como base:
  • pessoas capacitadas,
  • processos produtivos e gerenciais robustos e eficientes e
  • mecanismos preventivos implantados e testados.

Controle e Monitoração

A coleta e análise de informações sobre sua força de trabalho e do meio externo é a base de um processo de resposta a desastres do tipo pandemia.
Para um eficiente processo de monitoração é necessário que sejam definidos os dados a serem coletados, a forma de coleta destes dados assim como a forma análise dos mesmos.


Planos de Contingência

Alem dos procedimentos preventivos, de controle e de monitoração em alguns casos é necessário que seja feita uma análise de impacto dos cenários de desastres mais prováveis e que a partir desta análise sejam estruturados Planos de Contingência que permitam que os processos críticos da Organização tenham continuidade com a menor degradação possível.

Dentre os cenários a serem contemplados devem ser considerados ao menos três tipos:

  • Falta de pessoal qualificado na quantidade necessária,
  • Indisponibilidade de fornecedor chave,
  • Colapso total ou parcial da demanda de produtos e serviços.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Gestão de Multidões nos Trilhos do Rio


“Fiscais não tem treinamento compatível com a responsabilidade”, diz secretário de Transportes. Esta é uma das manchetes da página principal do UOL no dia 15/04/2009. Os fiscais em questão são funcionários da Supervia que usam de violência para administrar a multidão que utiliza os trens suburbanos no Rio de Janeiro.
A constatação do Secretário embora assustadora, não é surpresa, assim como o despreparo para lidar com multidões não é privilégio da Supervia. Basta lembrar que ainda neste mês houve tumulto no terminal das Barcas Rio – Niteroi. Sem esquecer que a venda de ingressos para grandes jogos no Maracanã é sempre um caos, lembrem-se da venda de ingressos para o jogo Fluminense X LDU, em 2008.
Segundo o raciocínio do Secretário, os funcionários não estão preparados para cumprir suas atribuições. Sun Tzu, lendário general chinês, autor de A arte da Guerra, dizia que se uma missão não era cumprida duas eram as possíveis causas: ou o exército era desobediente ou era mal capacitado.
Neste caso o gestor está constatando que o tratamento indevido oferecido aos usuários é oriundo da falta de treinamento. Isto indica que a causa primária do problema está na incompetência dos gerentes em formar equipes capazes.
Para que este tipo de erro não se repita é preciso treinar não apenas os fiscais, mas também, e principalmente, os seus gestores. A gestão de multidão (Crowd Management) é uma prática relegada ao segundo plano, não merecendo a devida atenção por aqueles que lidam com grandes públicos.
A equipe da Supervia precisa ser treinada e capacitada, e caso novas falhas se verifiquem, seguindo a orientação de Sun Tzu, é preciso avaliar se houve falha na capacitação dos fiscais ou se eles são desobedientes.
A gestão de multidões é uma demanda da Supervia e de várias outras organizações, públicas e privadas, que precisa ser tratada com o devido cuidado e profissionalismo.
(Foto - Imagem: Reprodução TV Globo)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Torcer pelo melhor acontecer - Starbucks

Caos planejado ?
No jornal O Globo, no dia 12 de abril de 2009 foi publicado um anúncio de recrutamento para a rede Starbucks. De acordo com este anúncio pessoas interessados no cargo de barista (operador de máquina de café expresso), para o qual é dispensada experiência prévia, devem se apresentar num hotel, em Copacabana, em alguns dias da semana de 13 de abril.
Uma oferta de emprego deste tipo deverá atrair o interesse de milhares de pessoas. É inconcebível que se atraia um número tão elevado de pessoas para um hotel. A possibilidade deste evento ser desastroso é grande. Espero que haja uma estrutura preparada para tratar este risco. Mas sendo realista, a possibilidade de haver um caos com dia, hora e lugar marcado é grande.
Só nos resta torcer pelo melhor acontecer.