O colapso de três prédios comerciais no centro da cidade do Rio de Janeiro é motivo de reflexão.
A primeira questão é encontrar a explicação da causa da queda dos prédios. Isto é um trabalho que exigirá estudo, investigações e análises para que se possa ter um parecer consistente. Antes destes estudos qualquer conclusão será precipitada.
A segundo é referente ao impacto que este desastre terá nas empresas afetadas.
É importante observar que as empresas afetadas não se restringem àquelas situadas nos prédios que ruíram. Como afetadas temos também as empresas dos prédios do entorno e as empresas que tinham forte dependência de empresas que tinham seus negócios localizados neste edifícios.
Desta forma temos três tipos de impacto:
- Impacto direto, destruindo em parte ou totalmente as instalações físicas das empresas.
- Impacto indireto, inviabilizando temporariamente o acesso às instalações físicas das empresas.
- Impacto indireto na cadeia produtiva impactando o fluxo de informações (estamos considerando apenas a relação de dependência de sistemas e serviços burocráticos).
Para que as conseqüências deste desastre sejam administráveis é necessário que estas empresas estivessem adotando uma gestão de continuidade de negócios.
A cópia de dados mantida em local externo é uma prática que não pode deixar de ser adotada.
Todos os programas e softwares utilizados também devem possuir cópias em locais externos.
A prévia identificação de um local para trabalho em caso de emergência também é uma prática importante.
Tais ações demandam um trabalho prévio, que dependendo do porte da empresa e do seu tipo de negócio, pode ser um investimento significativo, mas proporcional ao porte do empreendimento.
Toda empresa possui algum procedimento pertencente ao conjunto de ações de Gestão de Continuidade. O importante é saber se os procedimentos em uso são adequados e suficientes para que desastres possam ser superados com a menor perda possível.
Empresas de médio e grande porte não podem se limitar a ter processo isolados. Neste caso é necessário que haja um efetivo Plano de Continuidade implantado para garantir que a sobrevivência da Organização seja factível. É isso que clientes, parceiros, funcionários e acionistas esperam de um gestor.
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