Nossa preocupação
quando tratamos de gestão de multidão são as pessoas.
Terça-feira houve uma missa em Copacabana, quinta-feira
houve a acolhida aos jovens.
Para nossa surpresa os jornais publicaram que o esquema de
transporte de saída não funcionou.
Esclarecendo, nossa surpresa foi com o fato da imprensa se
surpreender com esta falha.
A saída de Copacabana em nenhum Reveillon até hoje
funcionou a contento (a foto é do Reveillon de 2013). Ou seja esta falha não é uma surpresa. Surpresa seria
caso o esquema de transporte houvesse funcionado.
Surpresa seria caso o esquema de transporte para Guaratiba,
caso a Vigília ocorresse funcionasse.
Num evento deste porte o transporte sempre será um ponto
fraco. Mas fornecer a ilusão de que o sistema de transporte é adequado e
suficiente é uma falha básica. Estruturar um esquema especial e dar a entender que
desta forma haverá um serviço satisfatório é um erro. Este tipo de erro cria
uma demanda ainda maior para uma infraestrutura frágil.
Se o transporte é insuficiente e é o ponto fraco, isto deve
ser divulgado de maneira clara e enfática. Esta informação ajudará no
planejamento que cada um fará da sua jornada, seja alterando seus planos, seja
assumindo que irá utilizar o sistema de transporte, mesmo que precário.
Gerir multidão é disponibilizar
o transporte e fornecer as informações necessárias para que o público escolher
o que é melhor e mais seguro para ele.
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