1. As instruções de segurança tem que ser passadas para os passageiros no início da viagem. É usual estas instruções serem passadas no segundo dia de viagem.
2. As instruções tem que ser passadas logo após cada embarque e não apenas após os principiais pontos de embarque.
3. Comunicação é fator chave de sucesso. Num cruzeiro temos uma torre de babel. Na maior parte dos cruzeiros os oficiais falam italiano e o restante da tripulação fala umas quatro ou cinco outras línguas, entre elas filipino, espanhol, português, inglês. O mesmo acontece com os passageiros. Em momentos de crise a correta comunicação pode fazer a diferença entre o sucesso e um desastre.
4. Treinamento é ponto crucial. A tripulação de um cruzeiro é composta de mais de 1000 pessoas. Boa parte dos componentes da tripulação é composta por jovens recreadores, dançarinos, músicos, cantores que trabalham por temporada. Eles não são tripulantes "profissionais". Este grupo não possui a devida experiência em situações de crise. Neste momentos o equilíbrio emocional deles se assemelha ao equilíbrio emocional de um passageiro, comprometendo sua participação na equipe de controle dos passageiros.
Estas quatros lições relativas a treinamento e comunicação ressaltam a importância do fator humano numa situação de crise.
Treinamento e comunicação são armas poderosas em qualquer situação de emergência.
PS: Em 02 de março de 2009 publicamos um artigo sobre um incidente no Costa Romântica onde treinamento e comunicação também eram destacados. http://gerisco.blogspot.com/2009/03/incendio-no-costa-romantica.html
PS: Em 02 de março de 2009 publicamos um artigo sobre um incidente no Costa Romântica onde treinamento e comunicação também eram destacados. http://gerisco.blogspot.com/2009/03/incendio-no-costa-romantica.html
Um comentário:
Olá. Bem colocadas as observações. A falta de informações claras, não somente durante a emergência, mas também antes, poderia ter ajudado a evitar o abandono aparentemente caótico do navio. Por exemplo, foi relatado que os tripulantes têm por norma colocar primeiro os coletes em si mesmos para então ajudarem os passageiros. Se isso fosse explicado no briefing/simulado, talvez a coisa fosse mais tranquila. Com certeza esse triste caso trará muitas lições sobre a prevenção de acidentes e gerenciamento de emergências.
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